Num pátio azul
Nuvens brincam de se reinventar
Se transformam
Mudam a forma,
talvez a textura,
quem sabe a densidade.
Uma baila feito um pássaro
Outra se arrasta como um dinossauro
Outras se sucedem como ondas de um mar calmo
E ainda como ondas do mar,
se chocam e choram a chuva.
Mas aquele menino mira o céu
E com espanto descobre os segredos das nuvens
Que brincam de vir a ser o ser que querem ser
Por ter apenas a incompletude de si...
E o menino se percebe sem mundo ter,
Inquieto por não ter o que...
Sem ser pássaro, nuvem ou água,
Sonha em também poder se inventar,
transmutar a realidade fria,
e mesmo descalço com o pé no chão,
no chão de um mundo em que ele simplesmente possa ser...
e assim tomar impulso e voar
Mais alto que as nuvens, suas guias.
Roubando palavras:
“Digo adeus a ilusão
mas não ao mundo.
Mas não à vida,
meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,
da punição injusta,
da humilhação,
da tortura,
do terror,
retiramos algo
e com ele construímos um artefato
um poema
uma bandeira.”
Ferreira Gullar
Uauuuu!!!!Fantástica minha amiga!!!!
ResponderExcluirUm brinde ás nossas reinvenções de cada dia!
bjo grande!
é, cada coisa deve sonhar em ser outra.
ResponderExcluirmas talvez, c vir a ser a outra, sentirá saudade de ser como era.
nota 10!!!!
Toda criança é assim.. e talvez todos nós devêssemos ser crianças outra vez.
ResponderExcluirBeijos
A capacidade das crianças de se admirar, se assombrar, de questionar, é filosofia pura.
ResponderExcluirDeviamos reaprender com elas.