Metade
da laranja?
Que
laranja o que seu moço!
Ele
é gente, e inteirinho
Completo
e falho como se deve ser.
E
eu completa, com braços e pernas
E
um coração recheando o peito
Não
teve jeito!
Acabei
por me derreter!
Carne
e unha?!?
Quem
disse esse disparate?
Ele
rói todas as unhas
E
as vezes eu arranho a sua carne.
Fazer
o que? Faz parte!
É
que ele veio assim
Sem
ter dó de mim
Acabei
me enamorando!
Alma
gêmea? Sei não!
Do
modo que eu lhe sinto
Como
ver nele um irmão?
E
dá alma só sei dos risos
Dos
olhares e dos sorrisos
Dos
suspiros em minhas mãos.
Se
é que é de alma o que sinto
Desse
um todo que me agrada
De
uns olhares famintos
De
uma boca que me acaba
Não
sei de errado ou de certo
Mas
sei bem daquilo que eu quero
Só
essa vida com ele não basta!
Amor
talvez seja o nome
Dessa
fome que nos consome,
Dessa nossa festa que
não passa.
(Fran)