"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo." Foucault

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"Alquimia de ventilador, poesia de liquidificador..."

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


 Anjo que se recria em asas e me faz voar.
Passos humanos. Toques que são cânticos à vida.
Na pele reflete constelações,
Nos olhos um pôr do sol no mar.
Com os pés na terra me apresenta novos mundos.
Contigo minha alma conhece o sol.
No céu da tua boca conheço o gosto do paraíso.

..::Fran::..

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O anjo

Um anjo caiu no meu colo.
De asa quebrada e coração partido.
Mas mesmo assim ele sorriu pra mim.

E ao sorrir, meu coração se iluminou
minha alma incandesceu.
E meus olhos surpresos viram minha pele arrepiar.

Quero curar teu coração.
Cuidar de tuas asas.
Vê-lo voar mais alto que nunca...
Mas sempre retornando à mim...
seu porto seguro.

O avesso das árvores (ou o pseudo-verso das árvores que voam)

Caem os frutos das árvores que voam??Elas fazem a polinização das aves.
Elas que polinizam os ovos que se tornam as aves.
E mais uma vez elas aparecem aos bandos, para realizarem a tarefa designada pela natureza... levam e trazem a vida....
As borboletas são as sementes que saem voando pra outros ares, pra formar novas árvores voadoras.

A realidade decadente não admite isso, e quer prender as árvores.
A floresta de pássaros está em extinção....
Muito oxigênio e pouca poesia...
as borboletas não agüentam voar, as asas estão atrofiadas por falta de gentileza e gargalhada,
e as árvores vão secando, se retorcendo, tentando se libertar.
Muitos dizem:
“isso é um absurdo: árvores não voam!”
Mas borboletas voam!
Sonhos também voam!
Sorrisos também voam!
E desejos irrigam sentimentos!
E a vontade fecunda a vida onde  sussurros inundam rios.

Mas, a razão constrói barreiras, provoca enchentes.... é um desastre!
e a realidade seca os rios, as vontades...
As árvores deixam de voar,
os pássaros voltam a cantar religiosamente a melodia decadente

(Mas as vontades, por serem vontades, não se sentem a vontade de deixar de ser vontade)

Acordo.... aceito o acordo...... o mundo me aceita!
Estamos todos felizes!!!
Clama o coro dos contentes.
Mas inseguros.... um dia... as árvores voltam a voar.
A calma cala a inquietude da alma que se contorce.
Mas sou normal. Estou de acordo.
Aceito o acordo para dormir para sempre.
Mas ainda assim as árvores voltam a voar.
Sim claro.... elas sempre voltam....
Mas ainda assim, as árvores voltam a sonhar.
Quem sabe eu também?
E eu encontro no sono tranquilo...... a paz inquieta que me foi roubada.
E o silencio ensurdecedor me entrega aos braços de Morpheus.

Mas quando as cachoeiras passam a chover no universo, fertilizando todo o céu...
Cai a conexão do msn!
Sem net, sem msn, sem computador...
Olho pela janela e vejo as árvores voando no meu quintal.
Fim? Não, apenas o começo.
As árvores trazem sementes.
Que voem as borboletas.


(pseudo-poesia escrita a quatro mãos, duas cabeças descabeladas, mil e uma indagações, dois msn e uma amizade desmedida. Aqui, a amizade que é a verdadeira poesia.)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sonho

"O sonho encheu a noite
Extravasou pro meu dia
Encheu minha vida
E é dele que eu vou viver
Porque sonho não morre."
Adélia Prado

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Anti-Mergulho

A paixão é como trafegar na beira do abismo
é excitante sentir o desejo, o desafio
sentir o gosto ímpar...
Até que, de assalto, me toma a razão;
faz nascer a dúvida,
a temível insegurança.
É o pobre conflito entre razão e emoção!
Entrego-me aos gladiadores,
Encontro o prazer no gosto inseguro do risco do desejo.

(Palavras emprestadas por um amigo-irmão verdadeiramente apaixonado e apaixonante, consequentemente irracional e surreal)