Simplesmente sigo,
Simples senda.
Sentimentos de mansidão.
Sertão em mim,
Ser tão em mim,
em mim,
imensidão.
Fran
Um blog pretenciosamente eclético, poético, ético, dialético, e Otras Cositas Mas...
"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo." Foucault
segunda-feira, 26 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Os ombros suportam o mundo - Drummond
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossege
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação
(...roubo palavras, mas apenas aquelas que fazem minha alma vibrar...)
quarta-feira, 14 de julho de 2010
um ônibus, uma possibilidade...
Subo no ônibus.
Vejo pernas compridas que terminavam em tênis de trilha.
- Legal.
Pago a passagem e me encosto na janela, ao lado dele.
- Perfume bom.
Olho disfarçadamente, cabelo desarrumado, barba por fazer...
- hum, gatinho...
Olho para meu all star, sentindo a presença dele ao meu lado.
- Faço o quê?
Olho pra janela, meu ponto chegando, tomo coragem e olho pra ele.
(suspiro)
Ele também me olha, também me observa, mas me dirijo para porta.
- Ele ainda me olha!
Desço do ônibus, paro, me viro e continuo olhando pra ele.
E ele pra mim.
O ônibus arranca, seu olhar se perde na distância.
Caminho.
Será que acredito em amor à primeira vista?
- Sei não...
Mas todo ônibus que eu ando me traz uma nostalgia do que poderia ter sido.
(baseado em fatos reais, acontecidos em meados de março de 2010 )
Vejo pernas compridas que terminavam em tênis de trilha.
- Legal.
Pago a passagem e me encosto na janela, ao lado dele.
- Perfume bom.
Olho disfarçadamente, cabelo desarrumado, barba por fazer...
- hum, gatinho...
Olho para meu all star, sentindo a presença dele ao meu lado.
- Faço o quê?
Olho pra janela, meu ponto chegando, tomo coragem e olho pra ele.
(suspiro)
Ele também me olha, também me observa, mas me dirijo para porta.
- Ele ainda me olha!
Desço do ônibus, paro, me viro e continuo olhando pra ele.
E ele pra mim.
O ônibus arranca, seu olhar se perde na distância.
Caminho.
Será que acredito em amor à primeira vista?
- Sei não...
Mas todo ônibus que eu ando me traz uma nostalgia do que poderia ter sido.
(baseado em fatos reais, acontecidos em meados de março de 2010 )
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