
Num devaneio egocêntrico
desejei travar o tempo,
manuseá-lo ao meu bel prazer.
Afinal que humano ser, um dia não quis ser
todo poderoso senhor do tempo,
transformar a história num gigantesco quebra cabeça,
montado e remontado eternamente...
Sentir milhares de vezes o gosto dos bons momentos,
torná-los espectros de eternidade,
evitar as dores, impedir injustiças,
concertar (e consertar) grandes amores...
Imperar no tempo e espaço,
uma déspota romântica e idealista
fazer tudo como eu queria...
como eu quero...
Mas de que me adianta esses quereres
(que não são os quereres cantados por Caetano)
Se ao final continuo sob o jugo
de um Cronos sadomasoquista?
(Fran)
"Tempo, Tempo, Tempo, Tempo..."