"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo." Foucault

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"Alquimia de ventilador, poesia de liquidificador..."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Guaraná e outros líquidos

Derreto meus pensamentos,



e com essa sopa caótica preencho vãos,



valas, bares e cidades vazias.



Congelo o tempo em formas disformes



e conforme o tom do momento,



acrescento uma bebida mais forte,



ou dois litros de guaraná.



Vapores de emoções passadas,



remoídas e recalcadas



inebriam o ambiente



e entorpecem alguns sentidos,



mesmo não tendo sentido algum



se sentir emocionado ao inspirar um dramalhão



ou um bang bang de far west.



Degusto idéias e



antropofagicamente me aproprio de você,



iguaria ímpar, palatável, um pouco insossa,



mas nem por isso menos interessante.



Uma queimação no estômago me faz lembrar meus limites,



mas também minhas fomes e desejos.



E nesse instante meus pensamentos preenchem teu ser.



Enquanto o guaraná enche o copo em minha mão.



Essa sede que me atormenta.

2 comentários:

  1. Obg pelo comentário, seus poemas são cada vez melhores, inclusive nesse exato momento digo que me identifiquei com essas palavras. Então, de uma certa forma, tbm agradeço por traduzir alguns dos meus pensamentos.

    www.teoria-do-playmobil.blogspot.com

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  2. Fran, meu bem.. saudade de tuas palavras.. saudade de vc!!
    Espero que esteja bem!!

    Beijos

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