"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo." Foucault

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"Alquimia de ventilador, poesia de liquidificador..."

sábado, 1 de agosto de 2009

Saudades e Ausências



Sentia saudades
de tantas coisas que nem sei contar
lembranças se misturavam
sensações passadas, enterradas
submersas e imersas
vinham à tona sem serem chamadas
sem serem queridas
(mas são as mais queridas).
Ligo o computador,
releio algo de Drummond.
Abro um sorriso com sabor de lágrimas.
Sinto a presença da ausência como se fosse água.

(Fran)



“Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência,

essa ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim”

(Drummond)

5 comentários:

  1. Gostei do seu poema.

    E Drummond sempre sabia lidar com as palavras,versos,estrofes.Boa escolha!

    www.teoria-do-playmobil.blogspot.com

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  2. Sempre gosto de visitar esse blog em busca de poemas de primeira qualidade, e nunca me decepciono. Ótimo, o seu, e claro, o de Drummond.

    Abraço!

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  3. MA RA VI LHO SO!

    SEGUE PRESENTINHO PRA VC...

    Soneto de saudade 20/03/2009
    Ontem mesmo éramos crianças
    Esperando pelo dia em que seríamos algo mais
    Alguém a mais
    Ontem ainda havia esperança

    De ontem pra hoje
    Foi como um pulo
    Levamos todos um susto
    Ao abrir os olhos pro hoje

    Ontem mesmo havia um objetivo
    De ser quem sabe feliz
    De ter o que sempre se quis

    Mas foi no hoje
    Que descobrimos
    Que ontem fomos felizes

    Josiane Meiry
    bjim sdd

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escrevendo, comentando, rabiscando o rodapé...